quarta-feira, 30 de setembro de 2015

História do desafio "Estações de Trem"

Olá, pessoal! Tudo bom com vocês?

Acho que comigo não tá muito não (haha), pois como alguém pode esquecer que tem duas histórias escritas?

Hoje vou disponibilizar uma que escrevi para o desafio "Estações de Trem" que foi proposto pela minha amiga (linda) e escritora Paula Guimarães.

A proposta era escrever acontecimentos que se passavam em diferentes estações de trem/metrô ao redor do mundo no mesmo dia (31/08).

A história foi postada no site de fanfictions Nyah Fanfiction, até agora tem cinco capítulos. O nome dela é Nos Trilhos do Mundo.

E aqui vai a minha...

DE UMA VENEZA À OUTRA

Por Gisele Santos

Era 31 de agosto de 2015 e eu estava na estação de trem de Veneza quando o vi, era moreno, cabelos lisos que tocavam os ombros com suavidade. Em uma de suas mãos levava uma mala que parecia conter sonhos de tão grande e estufada que estava. Agarrada à outra mão estava uma menina que saltitava ao seu lado, contendo sonhos também, só que dessa vez, em seus olhos.

Meio que um filme da minha vida começou a passar em minha mente. Os dias de minha infância em que eu vivia brincando na rua, do meu pai me levando pela mão às praças com ele, lugar esse que eu aprendi a jogar os jogos mais divertidos e viciantes com os senhores de idade que estavam lá todos os dias. Ele me levava exatamente com aquele homem levava aquela menina.
Consequentemente, me lembrei dos dias mais marcantes, dos dias de mudança.
Meus aniversários que eram comemorados em anos alternados, apenas nos pares, até chegar aos meus quinze anos. Depois desse dia, fiz um acordo com meus pais para que o dinheiro que seria gasto nas festas, passasse a ser guardado em uma conta para eu usar em algo quando eu fosse mais velha... participar de um intercâmbio ou apenas viajar.
Usei um pouco do dinheiro em minha formatura do ensino médio, o que ficou eu usei oito anos depois, quando eu nem me lembrava mais que tinha esse dinheiro.
Fiz minha graduação em Arquitetura e Urbanismo em uma faculdade pública de Recife, cidade que morei com meus pais e irmãos durante minha vida toda. Desde então, fiz minhas especializações na área e hoje estou com vinte e sete anos, em Veneza – nordeste da Itália, para fazer meu doutorado.
Minha maior surpresa foi quando meus pais chegaram e deram o cartão da minha conta no banco, aquela que eu nem me lembrava que ainda a tinha. Eles tinham colocado dinheiro em minha conta até depois que eu me casei, e eu só poderia mexer no dinheiro depois dos vinte e cinco anos.
            Eu havia me casado aos vinte e três, com muito sufoco de minha parte e de meu marido que no tempo estava fazendo mestrado em um estado diferente do meu. Nos casamos e tivemos três dias juntos, depois voltamos para nossas especializações.
            Minha mãe disse que ainda pensou em me ajudar com o casamento na época, mas desistiu, pois sabia que se eu precisasse realmente de algo, eu a avisaria.
            Passei todo meu mestrado viajando de ônibus, por ser mais barato, para visitar meu marido. Ele tinha mais facilidade em pegar caronas com caminhoneiros, até eu já tinha pego, mas ele não gostava, então ajudava com as minhas passagens e tentava vir de carona.
            Vivíamos de promoções e trabalho duro, mas nada disso nos separou.
            Quando eu engravidei, foi um momento de susto e felicidade.
            Eu tinha acabado de terminar meu mestrado e passado num concurso público. Meu marido também estava voltando de seu mestrado, poderíamos finalmente nos estabilizar em um lugar.
            Três anos depois, veio a grande surpresa. Fui convidada para fazer meu doutorado em Veneza. Na mesma hora fiquei aflita e sem saber o que fazer.
            De Recife para Veneza, de uma Veneza à outra.

            Tive todo apoio possível de minha família para vir pra cá. Estou aqui há um ano.
           
            Foi um ano sem ver minha filha e seis meses sem ver meu marido.
            Em nenhum momento desde que cheguei em Veneza, toquei no dinheiro que meus pais me deram. Exceto pra uma coisa.
           
E essa coisa foi o motivo para eu me levantar do banco em que eu estava sentada e ir ao encontro daquele moreno de cabelos longos, da criança que ele trazia em uma de suas mãos, e daquela mala de sonhos.


            Afinal, aqueles eram os meus sonhos também.

...



Espero que tenham gostado!
Agradeço ao pessoal do FTEL pela oportunidade de me fazer escrever sobre algo diferente. Foi pequeno, mas foi com amor.
Beijos, queridos, amo vocês <3

Que a palavra mais frequente na sua vida seja amor, pois dele tudo vem.

“Vida longa e próspera!”



Resumo da vida de um universitário

Estudos...
Passei!
Acorda cedo
Ônibus lotado
Gente sem tomar banho
Aula
Gente esnobe
Professor incoerente
Trabalhos
Trabalhos
Provas
Recuperação
Cansaço
Provas
Cansaço
Pesquisa
Iniciação científica
Faz artigo
Faz resumo simples
Faz resumo expandido
ABNT
Revista
Congresso
Estágio
Monografia
Colação

Formatura

*regado com um pouco de álcool para aguentar isso tudo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Lanterna



Olá, olá. Espero que esteja tendo um ótimo dia!




Não sou muito de escrever coisas baseadas em músicas (mentira!). Mas hoje resolvi mudar um pouco e fiz uma seleção de algumas músicas para eu escrever algo baseado nelas.

Lanterna dos afogados de paralamas do sucesso foi a primeira. Sou apaixonada tanto pela música quanto pela banda.





"Quando tá escuro e ninguém te ouve. Quando chega a noite e você pode chorar"




Tinha acabado de chegar em casa, cansada demais para preparar algo para comer, já passava das nove da noite. O problema era que, se eu ficasse com fome, provavelmente choraria até dormir, ainda com fome e acordaria bem pior.

Sempre fico mais depressiva quando estou com fome.

Algum tempo depois, por volta de dez minutos, meu marido chegou. Ele parecia estar na mesma situação que eu, talvez até pior.




"Há uma luz no túnel dos desesperados. Há um cais de porto pra quem precisa chegar."




Olhei para o telefone com esperança, Pedro também. Ele sabia qual a nossa única alternativa, já que nenhum de nós iria cozinhar a essa hora.

Fui até a gaveta que ficava abaixo do telefone no criado-mudo e, como quem rouba, peguei uma pequena carteira onde continha vários pequenos cartões de restaurantes, lanchonetes e pizzarias da cidade e das cidades vizinhas.

Segurei em minhas mãos o da pizzaria e rapidamente telefonei para lá. Geralmente pizza era feita mais rapidamente do que outros pratos.




"Eu tô na lanterna dos afogados, eu tô te esperando, vê se não vai demorar."




Eu disse ao cara da pizzaria: vê se não vai demorar…




"Uma noite longa pra uma vida curta, mas já não importa, basta poder te ajudar."




Como sempre acontecia, quando mais precisávamos, o tempo passava devagar. Eu já tinha me arrumado e estava esperando Pedro fazer o mesmo para esperar a pizza comigo. Talvez assim, com ele ao meu lado esperando uma pizza, a vida aparentaria ser melhor.




"E são tantas marcas que já fazem parte do que eu sou agora, mas ainda sei me virar."




Escorei-me nele quando ele voltou e se sentou ao meu lado. Eram poucas as vezes que eu fazia isso, ele não gostava muito de contato físico.

Não que ele tivesse se afastado alguma vez, mas eu o conhecia bem. Eu era feliz por ele me deixar fazer isso, por ser a única que ele o deixava fazer.




"Eu tô na lanterna dos afogados, eu tô te esperando, vê se não vai demorar…"




Talvez Pedro estivesse com tanta fome (tanta fome quanto eu) e nem prestava atenção nessas coisas. No rádio tocava uma música de Paralamas do sucesso, bem famosa por sinal



Talvez ele estivesse pensando o mesmo que eu quando liguei para a pizzaria, que era como um mantra que saía dos caixas de som…




"Vê se não vai demorar…"

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Quando eu entrei na faculdade

Lembro-me do dia em que cheguei aqui. Do quanto eu dormi na aula magna, do quão exausta eu estava ao ir pra sala ouvir a coordenadora do curso falar umas baboseiras que nos fizesse querer continuar no curso, tentando diminuir o índice de evasão, em vão.

Lembro-me das aulas de bioquímica com um professor metódico, das aulas de metodologia científica com o professor louco.

Das aulas de fundamentos que me envolveram tanto quanto as de biofísica.

Do sistema binário que o professor de informática passou sabendo que tempos depois, talvez no dia seguinte mesmo, esqueceríamos.

Das lâminas, dos microscópios que deixavam minha visão cansada doendo ainda mais por causa da luz.
Do cheiro de laboratório, das bancadas que até hoje tenho vontade de abraçar quando vejo uma.

Lembro com nostalgia dos colegas que foram embora, seguiram suas vidas longe da minha.

Lembro de cada coisa daquele tempo que me ajudou a ser o que sou hoje.

E agradeço.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Dia do Biólogo

Atrasado, eu sei, mas venho prestar essa homenagem a minha raça linda ♥



Juro pela minha fé e pela minha honra e de acordo com os princípios éticos do Biólogo, exercer as minhas atividades profissionais com honestidade, em defesa da vida estimulando o desenvolvimento Científico, Tecnológico e Humanístico com justiça e paz.

Feliz dia do biólogo, amores!