quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Lanterna



Olá, olá. Espero que esteja tendo um ótimo dia!




Não sou muito de escrever coisas baseadas em músicas (mentira!). Mas hoje resolvi mudar um pouco e fiz uma seleção de algumas músicas para eu escrever algo baseado nelas.

Lanterna dos afogados de paralamas do sucesso foi a primeira. Sou apaixonada tanto pela música quanto pela banda.





"Quando tá escuro e ninguém te ouve. Quando chega a noite e você pode chorar"




Tinha acabado de chegar em casa, cansada demais para preparar algo para comer, já passava das nove da noite. O problema era que, se eu ficasse com fome, provavelmente choraria até dormir, ainda com fome e acordaria bem pior.

Sempre fico mais depressiva quando estou com fome.

Algum tempo depois, por volta de dez minutos, meu marido chegou. Ele parecia estar na mesma situação que eu, talvez até pior.




"Há uma luz no túnel dos desesperados. Há um cais de porto pra quem precisa chegar."




Olhei para o telefone com esperança, Pedro também. Ele sabia qual a nossa única alternativa, já que nenhum de nós iria cozinhar a essa hora.

Fui até a gaveta que ficava abaixo do telefone no criado-mudo e, como quem rouba, peguei uma pequena carteira onde continha vários pequenos cartões de restaurantes, lanchonetes e pizzarias da cidade e das cidades vizinhas.

Segurei em minhas mãos o da pizzaria e rapidamente telefonei para lá. Geralmente pizza era feita mais rapidamente do que outros pratos.




"Eu tô na lanterna dos afogados, eu tô te esperando, vê se não vai demorar."




Eu disse ao cara da pizzaria: vê se não vai demorar…




"Uma noite longa pra uma vida curta, mas já não importa, basta poder te ajudar."




Como sempre acontecia, quando mais precisávamos, o tempo passava devagar. Eu já tinha me arrumado e estava esperando Pedro fazer o mesmo para esperar a pizza comigo. Talvez assim, com ele ao meu lado esperando uma pizza, a vida aparentaria ser melhor.




"E são tantas marcas que já fazem parte do que eu sou agora, mas ainda sei me virar."




Escorei-me nele quando ele voltou e se sentou ao meu lado. Eram poucas as vezes que eu fazia isso, ele não gostava muito de contato físico.

Não que ele tivesse se afastado alguma vez, mas eu o conhecia bem. Eu era feliz por ele me deixar fazer isso, por ser a única que ele o deixava fazer.




"Eu tô na lanterna dos afogados, eu tô te esperando, vê se não vai demorar…"




Talvez Pedro estivesse com tanta fome (tanta fome quanto eu) e nem prestava atenção nessas coisas. No rádio tocava uma música de Paralamas do sucesso, bem famosa por sinal



Talvez ele estivesse pensando o mesmo que eu quando liguei para a pizzaria, que era como um mantra que saía dos caixas de som…




"Vê se não vai demorar…"

Nenhum comentário:

Postar um comentário