sábado, 28 de novembro de 2015

Ao mar



Basta um olhar, uma inspiração
Seu som acalma o coração
Seu cheiro preenche a alma
Sua brisa arrasta a dor
Suas águas o vento leva
Assim como leva
O meu amor

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Como diria Nação... Viva ZUMBI!


Hoje, no dia da consciência negra, escrevo sobre minha raça. Primeiramente, sobre minha vida.
Sou um exemplo de  mistureba haha, meu pai é negro (cabelo crespo, lábios grossos, nariz amassado) e sua família toda é negra e baiana. Minha mãe (já falecida), era branca (loira, olhos verdes, nariz afilado), sua família toda é da paraibana e branca.

Quando pequena uma mulher (negra), conhecida de minha mãe ao vê-la comigo nos braços falou: Tá vendo, você branca carregando uma negrinha nos braços.
Minha mãe respondeu: Deixe, pois é minha negrinha.

Quando minha mãe contou isso em minha adolescência, comecei a pensar em que mundo essas pessoas têm vivido.

Quem ainda não percebeu que todas as espécies tem suas variações? Até a manga tem. Quem nunca viu manda espada e manga rosa? Alguma deixou de ser manga? Não!
Quem nunca viu o caju vermelho e o caju amarelo? Deixou de ser caju? Não!

Fico pensando o quanto as pessoas têm se atado ao passado de forma a ignorar o que é comprovado até geneticamente, que todos somos iguais.

Como dizia em uma música de Catedral: Somos todos iguais. Na chegada e na partida, encontro e despedida, na jornada pela vida, sem saber.

Ainda torço por um mundo em que todos ouvirão aquele que veio há mais de 2000 anos e farão o que ele pediu. E não é uma coisa difícil.
“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo.”
João 15:12

Pois quem ama respeita.

O negro sofreu e ainda sofre às sombras do passado em que ele era tratado como propriedade. Mas olhemos bem... no Brasil, a escravidão foi abolida em 1888.
Façam as contas comigo... 2015 – 1888 = 127 anos.

São 127 anos e eu ainda sou obrigada a ouvir frases como essas abaixo:
- Por que você não alisa seu cabelo?
- Você não é negra. Sua pele é clara.
Claro, já meu nariz e eu cabelo são iguais aos dos europeus – sinta a ironia.

Não sou contra quem alisa o cabelo (Jamais serei), acho que as pessoas devem fazer o que querem com seu cabelo. Que o usem como acharem melhor, desde que se sintam bem e sejam felizes com isso.

Embora terem passado pelo que passaram, conseguiram subir. Agradeço aos grandes líderes negros que foi por causa deles que todos estamos aqui.
Agradeço pelos quilombos criados que não deixaram que a cultura se perdesse mesmo estando tão longe de seu país.
Agradeço pela música, pela dança, pela comida...
Agradeço pelo meus caracteres, minha cor, meu nariz, meus olhos e meus cabelos não seriam os mesmos sem vocês.

Agradeço por serem quem são, pois sou quem sou graças a vocês.

É isso.

Obrigada!

Música do título: Monólogo Ao Pé Do Ouvido (O som ta um pouco abafado)
Música de Catedral: Somos todos iguais.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

TAG Amo x Odeio




Olá, olá!

Fui tagueada pelo blog Menina das Frases para responder 10 coisas que amo e 10 coisas que odeio. Essa TAG foi criada pelo blog cherry cookie.


Adorei fazer. Espero que gostem também ;D


REGRAS DA TAG:

- Usar a imagem acima, que é o selo da tag;
- Indicar 10 blogs para a tag;
- Colocar o blog de quem criou a tag e quem indicou;

10 Coisas que eu amo:


  1. Olhar o céu;
  2. Admirar o mar;
  3. Aprender uma música nova;
  4. Escrever;
  5. Sentir o vento bater o rosto;
  6. Matar a saudade/ver meus amigos;
  7. Tirar uma nota legal;
  8. Dormir;
  9. Estar com as pessoas que amo;
  10. Comer bolo de chocolate (daqueles que ficam beeeem pretos);
  11. (Extra) Cheiro de terra molhada ♥


10 Coisas que eu odeio:


  1. Que maltratem animais;
  2. Que destruam a natureza;
  3. Que joguem lixo nas ruas;
  4. Que dêem as costas para o irmão necessitado;
  5. Que não amem ao próximo como foi amado;
  6. Que me enganem;
  7. Que me façam esperar;
  8. Que desmarque algo em cima da hora;
  9. Hipocrisia;
  10. Falta de respeito e amor.

Blogs Tagueados:


E aíiii, gostaram? Espero que sim ;D 
Vida longa e próspera a todos ♥
Até mais!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Só queria ser livre

Pra quem não sabe, esta semana houve um caso de suicídio na UFPE. Uma estudante de geografia se jogou do prédio mais alto da faculdade, o CFCH.

Não sei o motivo e não cabe a mim julgar. Escrevi isso depois desse ocorrido e é impossível dizer que ele não me influenciou.


Só queria ser livre


Os dias não eram os mesmos de outrora, o futuro não era aquilo que disseram como iria ser. É duro quando as expectativas não são atendidas, é duro quando não acontece como foi planejado.

Ah, as expectativas...

Sentia a necessidade de ser livre, de sentir o cheiro de terra molhada, de sentir o cheiro que emanava das árvores, de sentir os ventos passando pelo couro cabeludo.

Até que um dia ela encontrou a solução.

Era um dia nublado, estava chuviscando, o cheiro de terra molhada estava no ar, as árvores floridas aromatizavam até a janela no 14º andar, onde ela estava agora. Por fim, só faltava uma coisa: o vento nos cabelos, tocando o couro cabeludo.

E então ela pulou, e assim pode senti-lo.


E foi libertada.

Fonte imagem: http://photos1.blogger.com/blogger/7820/1214/1600/pacto%20de%20felicidade.jpg

sábado, 7 de novembro de 2015

Nem Eu


Tudo tão distante
Diferente
Os sonhos, se ainda existirem, não são mais os mesmos
Nem os objetivos
Nem as pessoas
Nem eu